Estimulação cognitiva para idosos
- Patrícia Munhoz Psicopedagoga
- 22 de mar. de 2021
- 3 min de leitura

Hoje vamos falar de um tema bem interessante, quando se trata de psicopedagogia, logo somos remetidos a pensar em especialista em crianças e seus processos de aprendizagem, mas o trabalho psicopedagógico vai um pouco mais além de uma faixa etária.
O Psicopedagogo é antes de tudo um estudioso, um profissional que se dedica a estudar processos de aprendizagem e possíveis distúrbios ou fatores que atrapalham alguém a aprender, por isso são profissionais que atuam cada vez mais na direção do conhecimento em vários níveis desenvolvendo ações que ajudem a minimizar ou acabar com dificuldades.
A criança tem uma capacidade incrível de aprender, algumas aprendem rápido e outras precisam de outros caminhos, mas todas aprendem. O cérebro jovem é "plástico" e se molda a cada novo conceito adquirido, experiência vivida, emoção sentida... mas ele não mantém essa capacidade por todo nosso tempo de vida, por isso vemos que cada vez mais é importante estimula e manter essa capacidade de aprender ativa.
Mas o que é essa "plasticidade cerebral"? Segundo a autora Adriana Foz escreveu no livro "A cura pelo cérebro", a neuroplasticidade, ou plasticidade neural, permite que os neurônios se regenerem tanto anatomicamente quanto funcionalmente, formando novas conexões sinápticas. A plasticidade cerebral, ou neuroplasticidade, é a habilidade do cérebro de se recuperar e se reestruturar. No livro, a autora fala mais detalhadamente sobre plasticidade emocional, e como isso a ajudou a se recuperar de um AVC*.
Manter a saúde da mente é tão importante quanto manter a saúde do corpo. Essa integração garante uma vida plena, não livre de intercursos, mas com mais qualidade e ajuda a minimizar possíveis efeitos de doenças que ocorrem nessa etapa da vida.
Mas vamos pontuar aqui o que pode ser feito pelo psicopedagogo, antes vamos entender alguns conceitos importantes:
No domínio da reabilitação cognitiva estão todas as atividades destinadas a restaurar as funções cognitivas danificadas. Esse dano pode ter sido causado por traumatismo, comprometimento cognitivo leve, depressão, etc.
A estimulação cognitiva, por sua vez, seria o processo em que são realizadas atividades com o objetivo de retardar a deterioração cognitiva.
Em terceiro lugar, o treinamento cognitivo seria um conjunto de atividades que têm como objetivo otimizar ou manter o rendimento cognitivo. É um bom método para prevenir uma futura deterioração cognitiva e melhorar a reserva cognitiva.
Essas três formas de trabalhar as funções cognitivas constituem um tipo de intervenção não farmacológica. Foi demonstrado que, com a aplicação dessas estratégias, o usuário obtém benefícios que se traduzem em uma melhoria de suas capacidades, ou em um freio na deterioração das mesmas. Segundo Jara (2007), um idoso com algum tipo de deterioração cognitiva pode se beneficiar de intervenções nas quais essas estratégias estejam presentes, visto que, em última instância, sempre vão proporcionar uma melhoria na qualidade de vida. (Revista A mente é maravilhosa, 11 de junho de 2019).
Alguns exercícios e rotinas são fundamentais para manter a boa saúde da mente, resolver atividades que envolvam leituras e cálculos ajuda a manter a mente em movimento. Como nestes exemplos:

Este é um exemplo de atividade que pode ser realizada, nesta atividade a estimulação acontece por associação, com estímulos de memória e atenção.
Outra dica é um livro muito bom que costumo usar, é um exercício completo de estimulação cognitiva para idosos.

A trilha das recordações para idosos é um exercício que vai além da memória, também aciona pontos emocionais. Nem sempre nossas memórias são consideradas positivas, por isso a atividade realizada com um profissional é muito importante.
(Disponível para venda no site, PsiquEasy.com.br)
Com isso finalizamos com a certeza de que aprender é saudável para nossa mente, estimular nosso cérebro é tão importante quando o corpo e que uma saúde cuidada com carinho pode nos trazer muitos benefícios.
*Nenhuma terapia integrativa substitui o tratamento médico.
Referências:
Fóz, Adriana - A cura do cérebro/Adriana Fóz. 3 ed. Barueri, SP: Novo Século Editora, 2018. (Estante de Saúde) ISBN: 978-85-428-1425-5
Neuroplasticidade 2. Acidente vascular cerebral – Pacientes – Reabilitação 3. Fóz, Adriana – Autobiografia I. Título. 18-0743 CDD-926.1681
Oliveira, Daliane - PsiquEasy - Rio de Janeiro – Bahia - Brasil - Trilha das recordações para idosos;
http://neuroativamente.rck.fun/e-book-linguagem - Exemplos de atividades
2021 A mente é maravilhosa | Revista de opinião e entretenimento, sobre temas relacionados a psicologia, filosofia e arte.
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