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Transtorno da comunicação social - Pragmático


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O transtorno da comunicação social é um transtorno que tem um diagnóstico bastante complexo devido a sua proximidade com outros transtornos. Mas é de extrema importância conhecê-lo.


Segundo o DSM-5, o transtorno de comunicação social é causa de dificuldades em verbosidade. A criança compreende o léxico e a gramática normalmente, mas não consegue estabelecer uma comunicação efetiva, não consegue fazer inferências ( que é nossa capacidade de entender nas entrelinhas) e também faz mudanças constantes nos assuntos.


Devemos ter bastante cuidado ao fazer a avaliação de crianças com esses sinais, pois o transtorno de comunicação social intercepta outros transtornos, como o espectro autista por exemplo. É preciso bastante atenção e conhecimento prático do profissional que avalia para não cometer erros com diagnósticos precipitados.


Por que pragmático? Pragmático significa que o olhar de quem atende essa criança deve ser voltado para objetivos práticos, realistas.


Critérios Diagnósticos para Transtorno da Comunicação Social (Pragmática) no DSM-5: Critério A – Dificuldades persistentes no uso social da comunicação verbal e não verbal como manifestado por todos os elementos a seguir:

1) Déficits no uso da comunicação com fins sociais, como em saudações e compartilhamento de informações, de forma adequada ao contexto social;

2) Prejuízo da capacidade de adaptar a comunicação para se adequar ao contexto ou às necessidades do ouvinte, tal como falar de forma diferente em uma sala de aula do quem em uma pracinha, falar de uma forma diferente a uma criança do que a um adulto e evitar o uso de linguagem excessivamente formal

3) Dificuldades de seguir regras para conversar e contar histórias, tais como aguardar a vez, reconstituir o que foi dito quando não entendido e saber como usar sinais verbais e não verbais para regular a interação.

4) Dificuldades para compreender o que não é dito de forma explícita, p. ex, fazer interferências e sentidos não literais ou ambíguos da linguagem (p. ex, expressões idiomáticas, humor, metáforas, múltiplos significados que dependem do contexto para interpretação)

Critério B – Os déficits resultam em limitações funcionais na comunicação efetiva, na participação social, nas relações sociais, no sucesso acadêmico ou no desempenho profissional, individualmente ou em combinação

Critério C – O início dos sintomas ocorre precocemente no período inicial do desenvolvimento (embora os déficits possam não se tornam plenamente manifestos até que as demandas da comunicação social excedam as capacidades limitadas).

Critério D –Os sintomas não são atribuíveis a outra condição médica ou neurológica ou a baixas capacidades nos domínios da estrutura da palavra e da gramática, não sendo mais bem explicado por transtornos do espectro autista, deficiência intelectual, atraso global do desenvolvimento ou outro transtorno mental.


De acordo com o DSM-V, a diferença crucial entre eles está na presença de comportamentos que só são notados com autismo, como comportamentos repetitivos ou restritos; ou comportamentos que não seguem determinados padrões vistos sob a ótica das convenções sociais. Além disso, o pequeno que convive com o TEA demonstra interesses restritos. Isso significa que crianças com autismo têm suas dificuldades para exercitar a comunicação social, justo com outros sintomas que caracterizam o TEA, como mencionado acima. Mas aqueles que apresentam o TSC apresentam somente dificuldade para lidar com os desafios da fala; e não manifestam nenhum outro sinal que o impeça de executar suas funções normais.


Como tratar? Busque sempre especialistas para fazer uma avaliação criteriosa. Diagnósticos são feitos por médicos! O profissional médico é quem vai realizar o diagnóstico mas é muito importante uma avaliação multiprofissional, com psicopedagogo, fonoaudiólogo e psicólogo!


Referências


AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION - APA. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. Porto Alegre: Artmed, 2014.


 
 
 

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